domingo, 19 de janeiro de 2014

Esparta e sua Lei.

 "O simples facto de que ainda hoje em dia o adjetivo “espartano” designe qualidades de dureza, severidade, resistência, estoicismo e disciplina, nos dá uma ideia do enorme papel que cumpriu Esparta. Foi muito mais que um simples Estado: foi um arquétipo, foi o máximo expoente da doutrina guerreira. Por trás da fachada perfeita de homens aguerridos e mulheres atléticas se escondia o povo mais religioso, disciplinado e ascético de toda Grécia."

  "Todo seu povo passou a estar organizado, distribuído e integrado cuidadosamente, como o Terceiro Reich esteve sob as diversas organizações e corporações nacional-socialistas. Esparta passou a ser socialista e semi-totalitária, porém não sob um socialismo entendido como pseudo-comunismo(ou socialismo judaico-maçônico) para escravos e para um grupo baseado em um critério econômico, mas sim Socialismo em seu sentido original de sociedade organizada e disciplinada por uma elite superdotada formada com seus melhores filhos, e baseado em um critério de sangue-valor – um critério biológico-espiritual(Basicamente o equivalente ao NS naquela altura)."

 "Tudo no ambiente de Esparta estava impregnado de uma mentalidade eugênica em extremo. O que faziam os espartanos era extremar a seleção natural para poder obter no futuro uma Raça de homens e mulheres perfeitos. Esse culto à perfeição é o que mais indigna os homens inferiores, sempre contentes em dizer que a perfeição é inalcançável – com o que pretendem justificar e excusar sua própria inferioridade e incapacidade para mudar."

 "Se pode dizer que o sistema de eugenia precedia inclusive o nascimento, porque a jovem grávida e futura mãe deveria praticar exercícios especiais pensados para favorecer que seu futuro filho nascesse sadio e forte, e que o parto fosse fácil. Nada mais demente que os tempos presentes, nos quais mulheres que nunca fizeram qualquer desporto em sua vida, se vêem forçadas a dar à luz de forma traumática, sem a preparação física e mental necessária, qual soldado que vai à guerra sem treinamento militar."

"A maioria dos estados helênicos (como a totalidade dos povos arianos da Antiguidade) seguiam tácticas similares de seleção eugênica nas quais se tomava como garantido que o direito à vida não era para todos, mas sim que eram necessário merecê-lo demonstrando ser forte e sadio. Tal idéia vem da intuição inconsciente, da convicção de que o povo ao qual se pertence interiorizou um pacto com a Natureza. A diferença consiste em que, em outros Estados, a eugenia era opcional, pois a decisão correspondia aos pais, de tal modo que o selecionar os bebés era uma política privada e doméstica. Em Esparta, por sua vez, a seleção era uma política estatal plenamente institucionalizada. Os espartanos viam nessas medidas um assunto de vida ou morte, e de sobrevivência da comunidade de sangue. Assumiam essas medidas com convencimento, pois elas já os haviam ajudado no passado a superar situações tremendamente adversas. Seu objetivo era assegurar que só os aptos sobreviveriam e favorecer a evolução, mantendo assim bem alto o nível biológico de Esparta e, sobre essa base, conquistar um aperfeiçoamento em todos os níveis."
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"Os bebés que sobreviviam à seleção eram devolvidos a suas mães e incorporados a uma irmandade masculina ou feminina segundo seu sexo – geralmente à mesma a que pertenciam seu pai ou sua mãe.
  Após terem sido aceitos em dita irmandade, passavam a viver com suas mães e amas, criando-se entre mulheres até os 7 anos.
Durante estes 7 anos, a influência feminina não os suavizaria, dado que se tratava de mulheres que sabiam criar sem amolecer. As mães e amas espartanas eram únicas, um autêntico exemplo de maternidade sólida para a feminilidade ariana: jovens duras, severas e virtuosas, imbuídas e convencidas da profunda importância e carácter sagrado de sua missão. Haviam sido treinadas desde que nasceram para serem mulheres de verdade – para serem mães. "

 "Os bebés de Esparta não ficavam rodeados de aduladores a todo momento, pendentes de seus choramingos. E tampouco eram afogados em um mar de gritinhos, mimos e risos histéricos por parte de mulheres dementes, ruídos que confundem o bebé, o incomodam e o fazem se sentir ridículo, para acabar convertendo-o em tal. As mães espartanas não repreendiam seus filhos quando demonstravam curiosidade, ou quando se arriscavam, ou quando se sujavam no campo, ou quando se distanciavam a sós, ou saíam para explorar, ou se machucavam brincando; porque isso desencorajaria sua iniciativa."

"Às crianças espartanas era permitido refugiar-se na Natureza, correr pelos campos e pelos bosques, subir em árvores, escalar rochas, sujar-se e ensanguentar-se. 
Eram tratados como verdadeiros filhotes.

Todos os varões arianos física e espiritualmente sadios sentem o chamado do heroísmo, da guerra e das armas desde mui tenra idade, pois é um instinto da Raça que está injectado em seu sangue para assegurar sua defesa. Longe de lhes afastar dos brutais surtos de violência que se dão sempre entre as crianças arianas, as mulheres espartanas o fomentavam na medida do possível. Cada vez que as crianças viam um soldado espartano, se criava ao redor dele uma aureola de mistério e adoração; o admiravam, o tinham como modelo e exemplo, e queriam imita-lo o quanto antes."
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 "Imediatamente após ingressar na Instrução, a primeira coisa que se fazia às crianças era raspar-lhes a cabeça. É indubitável que isso era o mais práctico para quem estava destinado a se mover entre densa vegetação, a morder o barro e a lutar, porém o sacrifício do cabelo significava ademais uma espécie de iniciação do tipo de “morte mística”: se renuncia às posses, aos adornos, à individualidade, à beleza, inclusive se despreza o próprio bem-estar (o cabelo é importante para a saúde física e espiritual), se uniformiza os “recrutas”, dá a eles uma sensação de nudez, de solidão, de desamparo e de começo (os bebés nascem calvos ou com pouco cabelo), uma espécie de “começar do zero”, atirando-os bruscamente em um mundo de crueza, dor, renúncia e sacrifício. Isso não é algo isolado nem arbitrário. Os primeiros exércitos, compostos de muitos homens que tinham que viver juntos em um espaço reduzido, viram a necessidade de manter curto o cabelo para evitar a proliferação de piolhos e enfermidades. Por outro lado, a cabeça rapada devia significar algo mais para eles. Os sacerdotes egípcios do mais alto grau e os legionários romanos 
também rapavam a cabeça.
 Quando se uniformiza a um grupo, os integrantes do grupo não se diferenciam por seu aspecto personalizado ou por suas modificações externas, mas sim pelas qualidades nas quais sobressaiam desde zero em igualdade de condições em relação a seus camaradas. Uniformizar um grupo, paradoxalmente, é o melhor método para observar atentamente o que é que realmente distingue os indivíduos, à margem das modificações externas ao corpo, e os espartanos o sabiam reconhecer."
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 "Após a rapagem da cabeça, as crianças eram organizadas por agelai ou agelé (hordas ou bandos) ao estilo paramilitar. As crianças mais duras, belas, ferozes e fanáticas (os líderes naturais) eram tornadas chefes de bando. No âmbito da doutrina e da moral, o primeiro passo era inculcar nos recrutas o amor ao seu bando, uma obediência sagrada e ilimitada para com seus instrutores e seus chefes, e deixar claro que o mais importante era demonstrar uma imensa energia e agressividade. Para com seus irmãos, suas relações eram de rivalidade e competência perpétuas. Aquelas crianças eram tratadas como homens (pior ainda, realmente), porém quem assim os tratava não perdia de vista que continuavam sendo crianças. Eles eram também estampados com essa marca que distingue a todo filhote feroz e confiante em sua capacidade: a impaciência, a ânsia de se mostrar e se pôr a prova, e o desejo de se distinguir por suas qualidades e seus méritos no seio de sua alcateia. Tudo isso nos recorda inevitavelmente a Juventude Hitlerista. O espírito de superação que imperava nos bandos espartanos era esse impulso de luta que tanto detestam os pacifistas e feministas de nossos dias, pois eles (como todos os escravos) não lutam, não rivalizam nem competem para obter o que querem, mas sim conspiram."

"Inerente à instrução espartana era o sentimento de seleção e de elitismo. Nos aspirantes era inculcado que eram o melhor da infância espartana, porém que tinham que demonstra-lo, e que não era qualquer um que era digno de chegar a ser um autêntico espartano. Lhe era metido na cabeça que nem todos eram iguais, e que portanto todos eram distintos. E se eram distintos, alguns eram melhores ou piores, ou tinham qualidades diferentes. E que, em tal caso, os melhores deveriam estar acima dos piores, e cada qual colocado no lugar que lhe correspondia segundo suas qualidades. Por isso uma Ordem é chamada assim."

 "Às crianças era ensinado a manejar a espada, a lança, o punhal e o escudo – o qual lhes endurecia as mãos – e a marchar em formações cerradas, realizando os movimentos com precisão e com sincronização perfeita. Prevaleciam no âmbito físico os processos de endurecimento, e se entregavam a muitíssimos exercícios corporais pensados para favorecer o desenvolvimento de sua força e de suas qualidades guerreiras latentes: correr, saltar, lançamento de seta e de disco, dança, ginástica, natação, luta livre, tiro com arco, boxe e caça são alguns exemplos."

 "No santuário da Deusa Ártemis, tinham lugar muitos combates rituais corpo a corpo entre os filhotes espartanos. Também se enfrentavam, bando contra bando, criança contra criança, ou todos contra todos, em encarniçadas lutas sem arma, para estimular a agressividade, a competitividade e o espírito ofensivo, para desenvolver seu sentimento de domínio no caos das lutas e para lhes hierarquizar."

 "É perfeitamente compreensível que esse tipo de estoicismo possa ser interpretado como um culto masoquista ao sofrimento, porém devemos evitar cair nesse erro de interpretação. O sofrimento era em Esparta um meio para despertar os instintos guerreiros do homem e para que tomasse contacto com seu corpo e com a própria Terra. Não se aceitava o sofrimento mansamente com a cabeça baixa, mas sim quem se lutava para domina-lo com os dentes negros, a cara crispada, o corpo tenso e os punhos fechados, e tudo ia encaminhado a conseguir uma indiferença perante o sofrimento, ao contrário de cultos masoquistas como o cristianismo ou o moderno “humanitarismo” ateu, forjadores de seres sentimentalóides e hipersensíveis inclusive perante a dor alheia."
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"A lealdade era outra parte importantíssima da instrução espartana. Segundo Sêneca, “a lealdade constitui o mais sagrado bem do coração humano”, e segundo Goethe, “a fidelidade é o esforço de uma alma nobre para se igualar a outra ainda maior que ela”. A lealdade lhes encaminhava a formas de ser superiores e servia para os engrandecer. Às crianças espartanas se inculcava uma lealdade inquebrável para com si mesmos, seus semelhantes e sua própria Ordem – quer dizer, o Estado Espartano. “Minha Honra se Chama Lealdade” diziam as SS (poucas frases me parecem tão cavalheirescas como essa), e poderia ter sido também um bom lema para os espartanos."
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"Plutarco explicou que os corpos dos espartanos eram “duros e secos”. Xenofonte, por sua parte, sentenciou que “é fácil ver que essas medidas não poderiam senão produzir uma raça sobressalente em construção e em força. Seria difícil encontrar um povo mais sadio e eficiente que os espartanos.”
Esse é o corpo mais apropriado para o combatente. Platão, em sua “República”, deixou claro que o minucioso regime de dietas e exercícios específicos que levavam a cabo os atletas, faz com que não rendessem quando de repente eram privados de suas rotinas – durante uma campanha militar, por exemplo -, já que seus corpos estavam demasiado acostumados a contar com nutrientes e a depender deles. Nas situações extremas, tais corpos reagiam instintivamente reduzindo sua massa muscular e produzindo esgotamento, debilidade e mal-estar. Na Batalha de Stalingrado, muitos combatentes alemães caíram mortos inexplicavelmente. Se soube depois que era ao mesmo tempo de fome, frio e cansaço. E os mais afectados por essa morte foram precisamente os homens mais corpulentos e massivos, isto é, os que requeriam maior manutenção quanto a alimentação e descanso." 

"Mediante o autossacrifício e o risco que supõe o atirar-se cegamente ao desconhecido e ao extremo, eles souberam dar resposta à pergunta de onde estão os limites do homem e do que é capaz o homem quando uma vontade sobrenatural habita em seu interior e lança firmes raízes em todo seu ser.
Tudo isso formava uma combinação aterradora ou, quando menos, inspiradora de um profundo respeito. O espartano, desde cedo, não era nenhum anjinho santarrão que reprimia seus instintos primários, mas sim um deus dualista que os cultivava com zelo.
O resultado da Instrução, enfim, era o tipo do homem superior, do impassível, imperturbável, autoritário e incorruptível."
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 "Era de imensa importância que cada espartano contraísse matrimônio e tivesse muitos filhos.
  Sob o ponto de vista natural que regia em Esparta, era um delito que existindo jovens arianas perfeitamente sãs, um jovem privasse a Raça de uma descendência que esta reclamava como direito."

"Plutarco disse que para os espartanos “o dinheiro carecia por completo de interesse ou apreço.” Tanto o desprezo dos prazeres materiais passageiros como do dinheiro em si nos assinala uma sociedade ariana ascética, anti-materialista e anti-hedonista. Nietzsche repetia, como outros mestres arianos: “Quem possui pouco não corre o perigo de que possuam a ele. Louvada seja essa pobreza simples!”

Aos espartanos era ensinado que a própria civilização, com seus luxos, suas comodidades, suas riquezas, sua moleza, sua concupiscência e complacência, era um factor de dissolução, algo certificado inúmeras vezes por Schopenhauer e também por Nietzsche, que admirava o mundo ascendente e não-contaminado dos bárbaros, dos quais os espartanos eram a expressão máxima, mais depura e aperfeiçoada. E qual era a expressão do máximo vício e luxo alcançado por uma civilização outrora admirável, porém logo decadente? Babilônia. E Babilônia teve uma influência decisiva em toda Ásia Menor, nos jônios (e portanto em Atenas), nos persas, nos fenícios e nos judeus."
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 "Esparta, um estado tão duro e tão viril, era o mais justo da Hélade em tudo o que concernia as suas mulheres, e não precisamente porque fossem aduladas como em nossos tempos. Esparta foi o único Estado helênico que instituiu uma política de educação feminina à margem dos conhecimentos do lar e das crianças que toda mulher devia possuir. Foi por isso mesmo o Estado com maior índice de alfabetização de toda Hélade, pois às meninas espartanas lhes era ensinado a ler assim como a seus irmãos, diferentemente do resto da Grécia, onde as mulheres eram analfabetas."
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"Os espartanos que pensavam em seu lar, deviam, pois, sempre pensar em termos de mãe, irmãs, esposa e filhas: a Pátria, o ideal sagrado, tinha um carácter feminino. Proteger a Pátria equivalia a proteger suas mulheres. Os homens eram a couraça distante que defendia o coração, o núcleo sagrado, e se imolavam em honra desse coração. As mulheres representavam o círculo interior, enquanto que os homens representavam a muralha externa protectora."
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 "A dureza, a severidade e a disciplina da educação feminina eram, em todo caso, muito inferiores às da Instrução dos varões, e se insistia muito menos no domínio do sofrimento e da dor, assim como na agressividade.
 A agressividade do homem, seu instinto de matar, sua tendência a possuir, dominar e submeter, seu grande impulso sexual, sua maior força, bravura, potência, vontade, dureza e resistência, faz com que os homens tenham que ser submetidos a uma disciplina especial que cultive e canalize essas energias, especialmente quando se trata de homens jovens e sadios de instintos naturais poderosos, sob pena de que seus espíritos sofram um enorme perigo."
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 "As espartanas eram preparadas, desde pequenas, para o parto e para a etapa na qual seriam mães, ensinando-lhes a maneira correcta de educar um pequeno para que chegasse a ser um verdadeiro espartano. Durante essa aprendizagem, as espartanas muitas vezes actuavam como amas e assim adquiriam experiência para quando elas recebessem a iniciação da maternidade.
 Não se permitia nem por suposição a aberração de casar meninas de 15 anos com homens de 30, aberração que, repetimos, sim se deu em outros Estados helênicos
Tampouco se permitia em Esparta outra abominação, que consistia em casar a jovens com seus próprios tios ou primos para manter a riqueza hereditária dentro da família, em uma mentalidade completamente oriental, endogâmica, anti-ariana e antinatural. Outras práticas, como a prostituição ou o estupro, nem mesmo eram concebidas, assim como o adultério."
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 "A um espartano chamado Geradas, um forasteiro lhe perguntou que pena se aplicava em Esparta aos adúlteros. Geradas lhe respondeu: “Entre nós, ó hóspede, não os há.” E o estrangeiro insistiu de novo: “E caso houvesse?” Geradas respondeu: “Pagam um touro tão grande, que por cima do Taigeto beba do Eurotas”. O forasteiro, confuso, disse: “Como pode haver touro tão grande?” Geradas sorriu: “E como pode haver um adúltero em Esparta?”."
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 "Foi uma casta de mulheres à beira da perfeição, mulheres severas, discretas e orgulhosas. A feminilidade espartana tomou o aspecto de jovens atléticas, alegres e livres, porém quando necessário, graves e sombrias. Eram, como as valquírias, a companheira perfeita do guerreiro. Eram fisicamente activas e audazes; muito distantes, pois, do ideal de “mulher-objecto” e prostituída do Sistema moderno."
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 "As mulheres espartanas eram superiores em todos os aspectos às demais mulheres de seu tempo e, sem dúvida, às mulheres actuais.
 Os espartanos acreditavam que em suas mulheres residia um dom divino, e não eram as espartanas quem lhes ia convencer do contrário, de modo que procuravam estar à altura da devoção que seus homens lhes professavam. Assim, as mulheres estavam convictas de que em seus homens habitava essa nobreza, valor, sinceridade, poder e rectidão tipicamente masculinas, junto com a noção de dever, de honra, e a disposição para o sacrifício, e os homens procuravam também manter-se à altura de tal ideal. De novo, encontramos que a mulher ariana antiga não amolecia seu homem, mas sim o ajudava a melhora-lo e aperfeiçoa-lo, pois o homem sentia a necessidade de manter a integridade perante semelhantes mulheres, de modo que as mulheres se mantinham alerta e faziam o que era apropriado perante os varões, tendo presente em suas mentes que elas constituíam por si mesmas ideais pelos quais seus homens estavam dispostos a se sacrificar.
 De tal modo, se criava um círculo vicioso. A mulher não era um motivo para abandonar a luta, mas sim precisamente um motivo para lutar com ainda mais fanatismo."
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 "Os demais gregos se indignavam porquê as espartanas não tinham medo de falar em público, porquê tinham opiniões e porquê, ademais, suas esposas as escutavam. A mesma indignação experimentaram os romanos tardios frente a maior liberdade da mulher germânica. Ademais, e posto que seus homens levavam uma constante vida de acampamento militar, as mulheres espartanas (como as vikings) estavam encarregadas da administração e do lar. Administravam os recursos da casa, a economia e a auto-suficiência da família, de tal modo que os espartanos confiavam em suas mulheres para proporcionar à sua sistia as rações de comida estipuladas. As mulheres espartanas (também como as germânicas) podiam herdar propriedade e transmiti-la, ao contrário do resto das mulheres gregas. Toda essa administração doméstica feminina era, como vemos, similar no direito germânico, onde as mulheres ostentavam a chave do lugar como signo de soberania sobre a casa familiar sagrada e inexpugnável, e de sua fidelidade ao cabeça da família. O lar é o menor templo que pode ter a menor unidade de sangue, célula e base de toda a Raça: a família. E a portadora de sua chave tinha que ser por força da mãe ariana."
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"Uma sociedade na guerra está condenada se o lar, se a retaguarda feminina, não está com a vanguarda masculina. Todos os sacrifícios dos guerreiros são apenas um glorioso esbanjamento sem meta e sem sentido se na Pátria não há mulheres dispostas a manter o lar em funcionamento, e brindar seu apoio e ânimo espiritual aos homens em campanha e, em última instância, a parir novos guerreiros. Um soldado longe de seu lar, sem pátria, sem ideal e sem uma imagem feminina de referência – um modelo de perfeição, um eixo de divindade – degenera imediatamente em um bandido sem honra. Ao contrário, se é capaz de interiorizar uma mística interior e uma simbologia feminina que equilibre a brutalidade que presencia no dia a dia, seu Espírito se verá fortalecido e seu carácter se enobrecerá. Esparta não teve problemas nesse sentido; as espartanas eram a contraparte perfeita de um bom guerreiro."

 "Licurgo estabeleceu que um homem devia sentir vergonha de ser visto com sua mulher em atitudes amorosas para que o encontro se levasse em privado e com a maior intimidade e paixão, já que o segredo e a hostilidade circundante favoreciam a magia da união, o sentimento de cumplicidade e o verdadeiro romantismo, que sempre há de ter algo de secreto. O objectivo dessa medida, ademais, era favorecer a sede de verdadeiro conhecimento mútuo, a fascinação, o mistério, o feitiço, o curto-circuito sagrado entre homem e mulher, e – digamos assim – a excitação do proibido, para que sua relação não tivesse nada de público, mas sim de privado, e para propiciar que tanto o homem como a mulher não chegassem nunca a se fartar um do outro. O casal espartano devia ter, pois, uma sexualidade poderosa, que emanava dos corpos sadios e espíritos puros, dando lugar a um erotismo limpo, de uma luxúria positiva e necessária para a conservação da Raça.
A sexualidade do casal era estritamente privada, inclusive furtiva e pseudo-clandestina, para que nenhuma pessoa pudesse interferir nela, para que a relação fosse mais vigorosa e, de novo segundo Plutarco, para que suas mentes estivessem sempre “recentes no amor, por deixar em ambos a chama do desejo e da complacência”".

 "O romantismo espartano era o paradigma do amor ariano na Idade do Ferro: amor em zona hostil e em tempos difíceis. As relações matrimoniais espartanas eram exemplares, desenhadas para que o intercâmbio fosse benéfico. Hoje em dia, o matrimônio quase invariavelmente castra o homem, tornando-o gordo, covarde e indolente, e convertendo a mulher em uma manipuladora hedonista, caprichosa, convencida e venenosa. Em Esparta sucedia o contrário: o matrimônio reafirmava as virtudes de homens e mulheres."

 "Como era considerado o parto em Esparta, no marco dessa mentalidade natural? Um bom modo de explica-lo é citando um lema fascista que reza: “O parto é para a fêmea o que a guerra é para o macho”. O dever dos homens era sacrificar suas forças no dia a dia e derramar seu sangue no campo de batalha, e o das mulheres se esforçar para dar  luz a filhos sadios e cria-los. Desde pequenas, era o dever sagrado que lhes havia sido inculcado. Nesse entorno, uma espartana que se negasse a parir teria sido tão mal vista como um espartano que se negasse a lutar, pois a mulher que se nega a parir sabota o sacrifício do jovem guerreiro de igual modo que o homem que se nega a defender seu lar sabota o esforço da jovem mãe que dá a luz e ilumina a casa por dentro. Teria sido mais que um sacrilégio, mais que uma traição. Ártemis, a divindade feminina mais venerada em Esparta, era entre outras coisas, Deusa do Parto, e era invocada pelas jovens quando chegava o momento de dar a luz. Em todo caso, o parto para as mulheres espartanas não devia ser um transe muito sofrido, em primeiro lugar porque desde pequenas endureciam seu corpo e exercitavam os músculos que as ajudariam a parir, em segundo lugar porque concebiam seus filhos enquanto eram jovens e fortes, e em terceiro lugar porque pariam sob a alegre e orgulhosa motivação do dever, auxiliadas por um conhecimento e uma medicina naturais, confirmadas por muitas gerações de mães espartanas."

 "Na cidade de Esparta havia 43 templos a diversos Deuses e 22 templos dedicados a heróis (incluindo os da “Ilíada”) cujas gestas inspiravam as gerações florescentes; mais de 15 estátuas dedicadas a Deuses, 4 altares e numerosos panteões funerários. Havia também, como mencionei, um templo dedicado a Licurgo, que era adorado como um Deus. Em uma cidade do tamanho de Esparta, a quantidade de edifícios religiosos era realmente muito notável."

 "Nietzsche disse que “para que uma árvore chegue com seus ramos ao Céu, há de afundar suas raízes no Inferno.” Odin disse: “Às cabanas baixei e aos palácios ascendi.” Isso implica que somente após ter superado as provas mais atrozes tem direito o guerreiro a subir aos estados mais elevados, sob pena de sofrer a degradação a que conduz a soberba embriagada de quem não se endureceu antes no sofrimento e não é capaz de tomar o prazer, o poder e o luxo com um respeito, um cuidado, uma delicadeza, uma veneração, uma humildade e um apreço quase receoso. Os espartanos haviam tocado fundo, fundindo-se em toda a tragédia de sua atroz instrução, e haviam passado assim mesmo por todas as sensações varonis de plenitude, saúde, vigor, força, potência, poder, domínio, glória, vitória, alegria, camaradagem, recompensa e triunfo. O haver abarcado toda a gama emocional que vá da dor ao prazer lhes tornava possuidores de uma sabedoria vital que só ostentam os heróis e os caídos, e seguramente ninguém sabia apreciar o significado e a importância dos prazeres mais que os espartanos."

 "Chegamos ao importante assunto da Arte, que ademais costuma ser um argumento comum para vilipendiar Esparta. Não só em sabedoria intangível e culto físico era Esparta excelsa. Os espartanos costumavam dizer que eles esculpiam seus monumentos em carne, com o que davam a entender que sua Arte era viva. Sua arte era – literalmente – seu próprio povo e os indivíduos que o integravam, porém Esparta também teve uma Arte convencional tal e como se entende no presente. E assim devia ser, pois a Arte é um método de elevação e de idealismo que ajuda a inspirar e elevar as vontades dos homens sãos que o contemplam. Mais ainda, a arte idealista é uma forma de reascensão, de perfeição e de reconquista. Esparta era principalmente famosa por sua Música e sua Dança, assim como por sua Poesia, altamente valorizada em toda Grécia, e que nos chegou em fragmentos."

 "Muitos outros Estados, por sua vez, padeciam desse gosto pelo exótico e o cosmopolita no qual caem todos os impérios que descuidam sua atenção, sua autenticidade e sua identidade. Atenas, com a plutocracia judaico-fenícia do Pireu, com sua máfia de comerciantes charlatães, ruidosos escravos, saltimbancos, intelectualóides, sabichões, prestidigitadores e falsos adivinhos, com suas roupas suntuosas, manjares suculentos, especiarias, incensos, cores, aromes, perfumes, riquezas indecentes, cultos de Mistério deformados, cerimônias orgiásticas, prostituição, mulheres pseudo-ciganas, alcoolismo, sujeira, enfermidades, democracia desbocada, demagogia delirante e finalmente decadência galopante incluindo cosmopolitanismo, hedonismo, homossexualidade, multiculturalismo e mestiçagem, estava mais distante do ideal Ariano que Esparta, que jamais aceitou a toda essa sujeira a não ser quando já não era mais Esparta. Enquanto isso, sempre permaneceu essencialmente rústica, áspera, autêntica e pura, mantendo-se distante daquela sensualidade não-ariana."

 "A situação da estratificação por castas em Esparta era única, porque a vida da aristocracia era muitíssimo mais dura que a vida da plebe. Não sucedia o mesmo que nas demais civilizações, onde o povo desejava apropriar-se do modo de vida da casta dominante. Aos helotas não lhes agradava minimamente submeter-se a impiedosa disciplina de uma vida espartana, comparada com a qual o trabalho da terra era algo fácil, suave e tolerável."

 "O jovem espartano, após anos de viver na Natureza, se havia habituado a ela. Os longos dias de solidão faziam que seus sentidos se tornassem agudos, que se acostumasse a farejar o ar, e que se sentisse como um autêntico predador. De noite, como lobo, descia do monte para cair sobre suas vítimas com toda a ferocidade, seu treinamento e sua disposição natural ao sacrifício e à morte, escondendo-se depois. E, após ter cumprido sua missão, retornava vitorioso a seu lar. Isso era a culminação do treinamento guerrilheiro, que confirmava que os espartanos não eram animais de rebanho, mas sim lobos: grandes guerreiros em alcateia (que não é rebanho, pois a alcateia está hierarquizada), porém capazes também de desenvolver-se sozinhos quando era necessário; excelentes soldados colectivos na guerra aberta, porém também temíveis guerreiros individuais na guerra esquiva, suja e escura tão própria da Idade de Ferro."

 "Na época de Platão, por exemplo, a homossexualidade estava começando a ser tolerada na própria Atenas. Ainda assim, os autores antigos e até alguns modernos deixam claro que nessa sujeira Esparta não caiu. E não poderia ser de outra maneira, posto que um verdadeiro guerreiro abraça a camaradagem e repudia a homossexualidade."

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